Mesmo sendo estrangeiro, eu nunca soube ser turista, nunca.
Nem mesmo tenho pose para ser fotografado em frente aos monumentos... sempre saio com cara de bobo, de chato, de fora do lugar.
Em Madrid, para mim, os melhores pontos turísticos estavam dentro dos museus.
Estávamos na terra de Goya, Velázquez, Picasso... E desde a chegada, sentia uma ansiedade em visitar cada exposição que via nos banners e cada museu da cidade.
Ontem havíamos passados em frente ao Museo de la Real Academia de Bellas Artes de San Francisco, e nosso roteiro de hoje começaria lá.
O Metro.
Proxima estación: Arte.
Começava assim também as primeiras tentativas de contactos em um español un poco pobre.
A Academia de Bellas Artes é em um prédio lindo, e logo na entrada: uma cópia da Vénus de Milo. Estava tão Escola de Belas Artes da UFBA, me senti em casa.
Passeando lentamente pelos corredores, chegamos ao acervo do museu... Olha lá, El Greco!
Estava eu, no século XXI, diante de uma obra tão complexa lá do XV. Tão original, um expressionista de 1600.
Um passo mais a frente, e vamos chegando diante de nomes como Rubens, Ribera... Goya, Goya de verdade!
Nem mesmo tenho pose para ser fotografado em frente aos monumentos... sempre saio com cara de bobo, de chato, de fora do lugar.
Em Madrid, para mim, os melhores pontos turísticos estavam dentro dos museus.
Estávamos na terra de Goya, Velázquez, Picasso... E desde a chegada, sentia uma ansiedade em visitar cada exposição que via nos banners e cada museu da cidade.
Ontem havíamos passados em frente ao Museo de la Real Academia de Bellas Artes de San Francisco, e nosso roteiro de hoje começaria lá.
O Metro.
Proxima estación: Arte.
Começava assim também as primeiras tentativas de contactos em um español un poco pobre.
A Academia de Bellas Artes é em um prédio lindo, e logo na entrada: uma cópia da Vénus de Milo. Estava tão Escola de Belas Artes da UFBA, me senti em casa.
Passeando lentamente pelos corredores, chegamos ao acervo do museu... Olha lá, El Greco!
Estava eu, no século XXI, diante de uma obra tão complexa lá do XV. Tão original, um expressionista de 1600.
Um passo mais a frente, e vamos chegando diante de nomes como Rubens, Ribera... Goya, Goya de verdade!
Deixamos o Museo de la Real Academia de Bellas Artes de San Francisco (sic!) e seguimos em direcção ao Museo del Prado passando antes em qualquer coisa que se encontrava aberta na véspera do reveillon. Entramos em uma exposição de ilustrações mexicanas, com desenhos de Rivera, e de lá, um pequeno passeio pelo Paseo del Prado - uma preparação para o museu.
A frente do Museo del Prado estava super movimentada, depois de umas tentativas, compramos o ticket de entrada.
O primeiro salão abria-se com Adão e Eva de Dürer, no meio do salão - como uma escultura. A rodamos, e meu olho rodou sobre todo o imenso corredor que terminava em uma sala redonda cheia de portas. Seguindo, no mesmo salão obras renascentistas (Ainda lembro do O Cardeal de Rafael Sanzio, pelo seu reconhecimento, e o Cristo Morto Amparado por um Anjo de Antonello da Messina, pois gosto muito).
Uma coisa que sempre me incomodou -e que sempre achei meio "esnobe" - é o facto do argumento de alguns professores da Academia falar sobre a "aura" nas obras originais que a fotografia jamais conseguiria captar. De certo que com esta experiência, realmente senti uma grande diferença na percepção directa de cada obra, de modo que cada obra, mesmo já conhecida através dos livros, era um grande impacto para mim.
Os renascentistas foram realmente encantadores - não eram artistas, eram ilusionistas. A perspectiva linear, o efeito chiaroscuro, o panajemento... revelam uma grande sensibilidade, são surpreendentes.
No final do corredor a grande dúvida: Qual porta?! Entramos pela esquerda, em meio as grandes obras, voltando todo o corredor inicial, e depois pela direita. E depois de alguns momentos as lendas: Caravaggio e Bosch. (Antes disso tiveram grandes, grandes nomes e grandes obras (até mesmo "desconhecidas" pelo os livros) - os quais agora não me recordo em ordem, por isso não escrevo).
Não consegui me apaixonar por Caravaggio, pelo chiaroscuro, pela luz - até hoje me cobro por isso! Mas realmente não consegui captar a essencial - não sei se já estava saturado ou ansioso para ver a tela de Bosch que estava na próxima sala.
Engraçado, havia passado o natal vendo uma cópia de "O Jardim das delícias" de Bosch.
Dediquei meia hora a observar cada detalhe...
Passaram-se mais de duas horas quando percebemos que ainda estávamos no lado esquerdo do 1º andar do imenso museus. Era necessário correr um pouco.
Indo para o corredor da direita, mais uma obra de Dürer - o Auto-retrato de 1498, uma pequena tela escondida por dezenas dos visitantes do museu...
Partimos para os espanhóis: Velázquez, El Greco e Goya.
Quase 50% do Prado é dedicado as obras de Goya. Haviamos então já visto algumas obras no outro museu, mais cedo. Mas nada tão grande como o famoso O 3 de maio de 1808 em Madri e A Família Real de Carlos IV.
Depois Velázquez, sobretudo As meninas - não é dificil imaginar como Picasso "viajou" nesta obra.
Rodando mais um pouco, ainda tentamos ver uma exposição temporária de Renoir, que por sorte estava lá. Era tarde, vimos um pouco de longe.
Aí seguimos para o café do Prado e depois na lojinha. Engraçado que todo museu aqui tem uma lojinha com os mais diversos produtos (Camisas, agendas, leques, cartão-postal, canetas, canecas...) retirando detalhes das obras ou até mesmo ela inteira e por vezes até as passando, como "laço de cabelo, igual ao da menina da obra de Velázquez", "Flor tipo Monet", (esta eu vi em outro museu) "Perfume. aroma: impressionista", e tantas coisas outras que a criatividade humana cria. O grande mercado da arte.
No caminho para casa, ainda passamos em frente à uma linda Catedral (a qual não sei o nome), pela Biblioteca Nacional e por uma das entradas do Jardim Real.
Pela noite, meus outros amigos riram quando eu falei que vi tais artistas. Pelo modo de falar: "Vi Ticiano", e não " Vi a obra X de Ticiano". É que eu já nem sei mais o que é o artista e a arte...
Assim vimos Ticiano Vecellio, Pieter Bruegel, Luis de Morales, Peter Paul Rubens, Rembrandt, um pouco de Renoir e tantos artistas que ora são esquecidos pela história das artes.
A frente do Museo del Prado estava super movimentada, depois de umas tentativas, compramos o ticket de entrada.
O primeiro salão abria-se com Adão e Eva de Dürer, no meio do salão - como uma escultura. A rodamos, e meu olho rodou sobre todo o imenso corredor que terminava em uma sala redonda cheia de portas. Seguindo, no mesmo salão obras renascentistas (Ainda lembro do O Cardeal de Rafael Sanzio, pelo seu reconhecimento, e o Cristo Morto Amparado por um Anjo de Antonello da Messina, pois gosto muito).
Uma coisa que sempre me incomodou -e que sempre achei meio "esnobe" - é o facto do argumento de alguns professores da Academia falar sobre a "aura" nas obras originais que a fotografia jamais conseguiria captar. De certo que com esta experiência, realmente senti uma grande diferença na percepção directa de cada obra, de modo que cada obra, mesmo já conhecida através dos livros, era um grande impacto para mim.
Os renascentistas foram realmente encantadores - não eram artistas, eram ilusionistas. A perspectiva linear, o efeito chiaroscuro, o panajemento... revelam uma grande sensibilidade, são surpreendentes.
No final do corredor a grande dúvida: Qual porta?! Entramos pela esquerda, em meio as grandes obras, voltando todo o corredor inicial, e depois pela direita. E depois de alguns momentos as lendas: Caravaggio e Bosch. (Antes disso tiveram grandes, grandes nomes e grandes obras (até mesmo "desconhecidas" pelo os livros) - os quais agora não me recordo em ordem, por isso não escrevo).
Não consegui me apaixonar por Caravaggio, pelo chiaroscuro, pela luz - até hoje me cobro por isso! Mas realmente não consegui captar a essencial - não sei se já estava saturado ou ansioso para ver a tela de Bosch que estava na próxima sala.
Engraçado, havia passado o natal vendo uma cópia de "O Jardim das delícias" de Bosch.
Dediquei meia hora a observar cada detalhe...
Passaram-se mais de duas horas quando percebemos que ainda estávamos no lado esquerdo do 1º andar do imenso museus. Era necessário correr um pouco.
Indo para o corredor da direita, mais uma obra de Dürer - o Auto-retrato de 1498, uma pequena tela escondida por dezenas dos visitantes do museu...
Partimos para os espanhóis: Velázquez, El Greco e Goya.
Quase 50% do Prado é dedicado as obras de Goya. Haviamos então já visto algumas obras no outro museu, mais cedo. Mas nada tão grande como o famoso O 3 de maio de 1808 em Madri e A Família Real de Carlos IV.
Depois Velázquez, sobretudo As meninas - não é dificil imaginar como Picasso "viajou" nesta obra.
Rodando mais um pouco, ainda tentamos ver uma exposição temporária de Renoir, que por sorte estava lá. Era tarde, vimos um pouco de longe.
Aí seguimos para o café do Prado e depois na lojinha. Engraçado que todo museu aqui tem uma lojinha com os mais diversos produtos (Camisas, agendas, leques, cartão-postal, canetas, canecas...) retirando detalhes das obras ou até mesmo ela inteira e por vezes até as passando, como "laço de cabelo, igual ao da menina da obra de Velázquez", "Flor tipo Monet", (esta eu vi em outro museu) "Perfume. aroma: impressionista", e tantas coisas outras que a criatividade humana cria. O grande mercado da arte.
No caminho para casa, ainda passamos em frente à uma linda Catedral (a qual não sei o nome), pela Biblioteca Nacional e por uma das entradas do Jardim Real.
Pela noite, meus outros amigos riram quando eu falei que vi tais artistas. Pelo modo de falar: "Vi Ticiano", e não " Vi a obra X de Ticiano". É que eu já nem sei mais o que é o artista e a arte...
Assim vimos Ticiano Vecellio, Pieter Bruegel, Luis de Morales, Peter Paul Rubens, Rembrandt, um pouco de Renoir e tantos artistas que ora são esquecidos pela história das artes.
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