sábado, 1 de janeiro de 2011

2011

«Um homem muito pobre sonhara que descobria um tesouro e ficara muito rico; acordando, arrumara sua trouxa, saíra em busca do tesouro; andara o mundo inteiro e continuava sem achar o tesouro; cansado, voltara para sua pobre, pobre casinha, e como não tinha o que comer, começara a plantar no seu pobre quintal; tanto plantara, tanto colhera, tanto começara a vender que terminara ficando muito rico.» Em Desastres de Sofia do Livro Felicidade Clandestina (1971)


Eu desejo para 2011 agilidade e sensibilidade de captar todos os momentos, com total clareza como um impressionista consegue com o pincel somado aos conceitos cubista, de modo que não tenha que sair buscando meu tesouro no mundo inteiro e só depois descobrir que ele estava em meu quintal. Pois se algo que descobri hoje foi que o que realmente importa é estar do lado de quem a gente gosta.
Abdicar de momentos tão familiares assim foi algo difícil, e espero que tenha sido válido. Mesmo para perceber onde realmente encontra-se o nosso tesouro.

Entre grandes factores, foi o reveillon mais diferente de minha vida, o ritual de passagem de ano em Madrid é curioso; todos na Puerta del Sol esperando os ponteiros cruzarem no 12, e nas doze badaladas seguintes, uma uva e um pedido na boca. E não há fogos de artifício. Passaram-se vinte minutos do primeiro ano, e ainda esperávamos os fogos... (Mas não foram o barulho dos fogos que faltaram, o que faltou foi um abraço familiar, quente... Lembrou minha mãe, ao telefone).
Espero que 2011 passe rápido, mas que eu aproveite cada minuto de forma satisfatória.

!Feliz año nuevo!








obs: No canal do youtube de Sheltom há alguns vídeos que traduzem este momento, segue o link... Estamos todos no mesmo barco ;)
http://www.youtube.com/user/tamppah

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