segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Viagem do Elefante /



Como é de se esperar, desde a última vez que postei aqui, várias coisas aconteceram, não aconteceram ou mudaram, como é normal. Mas parece que tudo aqui ganha mais força, não sei. Tenho tentado com alguns amigos fazer um cálculo de quantos dias aqui equivalem com os dias do Brasil.
Mas é com o relógio correndo – lentamente – que vou vivendo aqui.

As aulas acabaram. Mas na verdade estou com uma grande preguiça para a vida acadêmica. Mesmo com as disciplinas super interessantes que eu peguei, só umas 2 ou 3 prendem minha atenção ao longo do semestre.

É que o caminho tem ficado pesado. Assim como minha bagagem. Se cheguei aqui com pouco mais de 1 mala e meia, não sei onde tudo que adquiri aqui vai ter espaço pra voltar. No mais, como todo humano, vou tirando fotos, que ocupa pequenos espaços, mas guarda grandes coisas. Deus me livre ter uma amnésia nessa altura.

Mais uma vez, tô folheando Saramago. O cara é(ra) mesmo um gênio. Pena que tive um grande bloqueio pra começar a ler Saramago, primeiro pelo meu comportamento adolescente de odiar tudo que é "best selller", e ainda porque, no Brasil, a primeira vez que vi o livro do Saramago em uma vitrine, e não na ultima prateleira da estante, foi depois de sua morte - ou seja, depois que os fãs do Paulo Coelho começaram a comprar.

Outro dia vi um filme dele, chamado José e Pilar, e o seu sotaque lusitano me deixou muito feliz, como se eu pudesse ouvir a sua voz entre algum café ou pelas ruas daqui, «pá!».  Estou na terra do Saramago. Sim, o Saramago é mesmo português. 

Ainda continuo com a promessa dos posts mais frequentes aqui. Enquanto isso, vou dividindo minha viagem com a viagem do elefante, do Saramago.

Abraço.

2 comentários:

Darlon disse...

Talvez não seja meramente um comportamento adolescente, pelo menos definindo como adolescentes baianos e não como os belos jovens gregos e alemães. O senso-comum irmão é mesmo de estranhar, não se falava ( nem mesmo eu[ótimo leitor])de Saramago, por isso é interessante que fique de olho mesmo, tanta publicidade assim é ralé dessas editoras que só pensam em vender, longe do que a boa literatura realmente é, fico assustado ao comparar preços dos livros.É puramente ilógico encontrar Sheakespeare de 5 reais, Augusto Cury, Dam Brow, Paulo Coelho, etc ( desmerecendo mesmo) acima de 30 pau.
Por mais irmão continue a viagem, apesar dos apesares, sem nada de bloqueio, deixa isso com a Inglaterra, França e Portugal que são brancos e se entendem.

Darlon disse...

ou não, vai saber!