sábado, 30 de junho de 2012

eu sou Pli


Quatro estudantes estão em frente a porta férrea da Universidade de Coimbra, é começo do ano letivo, nenhum se conhecesse, então acabam por se apresentar. Sou francês, diz o primeiro, o segundo conta que veio dos EUA mas é mexicano, o terceiro é português. O quarto mantem-se calado, olhando atentamente cada prédio ao seu lado, então os outros lhe interrogam:
 -E você, o que é?
- Eu sou PLI, diz ele com muita convicção.
Durante os dois anos, ser PLI tornou-se adjetivo, e não só adjetivo, como verbo, substantivo – substantivo coletivo. Mas o que é ser PLI? Nas palavras da professora Rossana Silva, coordenadora geral do Programa de Licenciaturas Internacionais ontem presente na cerimônia de encerramento, ser PLI é a realização de um sonho, antes só possível a uma elite burguesa, hoje possível para uma elite intelectual. É que ser PLI é uma história que começa antes da correria dos documentos, das dificuldades de embarque e adaptação, da felicidade e frustrações numa terra estrangeira, ser PLI tem seu inicio naqueles pequenos alunos da rede pública do Brasil, que em meio as dificuldades, lutavam. Orgulho de ser PLI, e de todos os meus amigos também PLIS, pois hoje estamos aqui pelos nossos méritos, mostrando que a luta por uma boa educação continua. Ser PLI é crescimento.
Ser PLI é vir de uma realidade a qual tentamos mudar, é ser futuro professores, de futuros PLIS. Como um ouroboros, ser PLI é a tentativa de um movimento contínuo. Ser PLI também é saudade, é estar longe da família, e aqui, construir outras, da qual sentiremos falta. Ser PLI é ser família, e como uma boa família grande, não se pode faltar as brigas, os barracos, mas como numa ceia de natal, no final, os verdadeiros abraços, o consolo, a união e a proteção. Ser PLI é acolher.
Ser PLI é se divertir na Sé Velha, mas pela manhã está de pé para cumprir os 120 créditos. Ser PLI é ser pai, ser mãe e filho rebelde, é saber a hora de acordar, é cozinhar, cuidar de casa, regar as plantas. Ser PLI é receber 600 e viver com 1200, é multiplicar. Ser PlI também é dor de cabeça – mas de ressaca, pois antes nos divertimos.
Ontem houve a cerimônia de encerramento do Programa de Licenciaturas Internacionais, uma parte de nossa vida acadêmica que se cumpre, mas não se encerra, não existe ex-PLI, agora continuaremos nossa história do outro lado, levando daqui boas lembranças, das quais compartilharemos. Ser PLI é sempre futuro.
Parabenizo e agradeço a todos os amigos que também estavam juntos comigo nessa jornada, sem vocês, ser PLI seria apenas uma sigla, mas hoje carrega imensos significados. Obrigado!

uma parcela dos plis de Estudos Artísticos :D

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